PROTOCOLO DE DISJUNTOR PALATINO TIPO HAAS

INTRODUÇÃO

A expansão dos dentes superiores com aparelhos disjuntores é um dos procedimentos ortodônticos mais  corriqueiros. As situações clínicas que exigem tal intervenção atravessam os três tipos de padrões sagitais. Na classe II por deficiência mandibular, especialmente naquelas marcadas por grande  discrepância ântero-posterior, o procedimento de expansão ortopédica precede o avanço mandibular, uma vez que a posição distalizada desta implica numa adaptação maxilar transversal, com consequente restrição ao pleno desenvolvimento lateral do arco superior.

No padrão I, geralmente a atresia maxilar culmina com a mordida cruzada posterior. Mas isso não é uma regra absoluta. Há situações nas quais o arco inferior, na sua região posterior, apresenta‐se com excessiva inclinação lingual, adaptando‐se à diminuição das medidas transversais do arco  superior. Portanto, percebe‐se a importância do correto diagnóstico, para a escolha da terapia mais adequada.

Por fim, no padrão III ‐ por deficiência maxilar, o tratamento, na fase de Ortodontia interceptadora, enseja a necessidade de ERM com o aparelho de Haas, mesmo na ausência de mordida cruzada posterior. A indicação se principalmente dá por dois motivos: primeiramente, o procedimento de disjunção atinge as suturas maxilares ‐ não só a sutura  palatina mediana, mas também as outras suturas circunmaxilares‐, permitindo que a maxila responda ao empuxo anterior solicitado pela máscara facial. Em segundo lugar, o Haas provê uma excelente ancoragem dento‐muco suportada, minimizando os efeitos dentários, geralmente não desejados.

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